terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Relato do meu parto

Já estava fazendo acompanhamento semanal com o cardiotoco desde a 37' semana, pois queria muito o parto normal, então íamos monitorando até chegar o grande dia. Entrei na 39 semana e nada, nenhum sinal, nenhuma contração. Até que num domingo às 8 da manhã eu pulo da cama com uma dor insuportável, era a primeira contração. O marido acordou assustado e eu expliquei que deveríamos monitorar os intervalos. Começou com 17 minutos e rapidamente já estava em 10. Levantei e fui tomar banho. É lógico que não foi nessa tranquilidade toda não, pois a cada contração eu gritava de dor.
Meu marido colocou um banquinho no chuveiro e lá fui eu tentar tomar um banho sentada. Nisso, ele todo perdidinho, sem saber o que fazer. Depois fiquei andando de um lado pro outro chorando de dor enquanto ele tomava banho, todo feliz. Que desespero. Enfiamos tudo no carro e corremos pra maternidade. No caminho continuei controlando os intervalos, e qdo já estávamos perto da maternidade, as contrações já estavam de 5 em 5 minutos. E para nossa surpresa... Havia um tal de passeio ciclistico que havia interditado todas as ruas do acesso à maternidade. Quase surtei, falei pro marido derrubar os cavaletes e correr. É lógico que ele não fez isso, continuou na maior calma, seguindo todas as leis de trânsito, que desespero. A cada contração eu gritava de dor, e subia os vidros pra ninguém ouvir, ainda mais qdo parávamos no semáforo.
Enfim, chegamos, e pra ajudar outra contração bem na hora de descer do carro. Conclusão, entrei de cadeira de rodas amparada pelo segurança. Que mico.

A minha sensação era de que o Lucas ia pular de dentro de mim a qualquer minuto.
Fui para o monitoramento. As contrações estavam 3 em 10, palavras da enfermeira. Cada vez que olhava aquele aparelhinho com os números aumentando agarrava na maca e chorava de dor. Bom, a papelada para a internação já estava quase pronta para eu subir, quando a enfermeira foi fazer o exame de toque para verificar a dilatação e ligar pro meu médico. Pois ela botou aquela mãozona bem na hora de uma contração, que raiva. Bom, para surpresa de todos, eu estava apenas com dois dedos de dilatação. Esperamos mais meia hora e nenhuma evolução, as contrações aumentavam e a dilatação permanecia a mesma. A enfermeira ligou pro médico que receitou mais buscopan e voltar pra casa porque meu trabalho de parto iria demorar mais umas 12 horas. O que???? Pra casa eu não volto nem morta!!!! Era muita dor, mas nem se me dessem 5 litros de buscopan na veia iria passar. Meu marido vendo meu sofrimento perguntou se eu queria fazer a cesárea, poxa, não era isso que eu queria mas.... Manda esse médico correr e arrancar essa criança que eu não tô agüentando, falei chorando.
Acho que o médico deveria estar no passeio ciclistico ao lados maternidade, pois chegou em 5 minutos.
Bom, coloquei aquela camisola linda e fui para o centro cirúrgico, dessa vez andando, porque já tinha até aprendido a respirar fundo pra dor da contração passar rápido. Pedi desculpa ao meu médico por tirá-lo de casa em pleno Domingão e iniciamos o procedimento.
A melhor parte foi a anestesia, pois não doeu nada e tirou imediatamente a dor da contração. A partir desse momento, foi só alegria, eu estava muito calma e feliz, só aguardando o choro do meu pequeno. Na sala de espera estava toda minha família assistindo o parto pela web, que é um serviço que o São Luiz oferece. Consegui enviar a senha por torpedo para os meus amigos do trabalho que também conseguiram assistir em casa. Muiiiito legal.

Enfim, às 12:35 do dia 29 de agosto de 2010, ouvi o choro mais lindo desse mundo, meu pequeno Lucas saindo da minha barriga para o mundo.
Com 3,350kg e 51 cm, chegava ao mundo a minha razão de viver, meu amado filho Lucas.
Não tenho como conter as lágrimas lembrando do momento mais feliz da minha vida.

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